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21 de nov. de 2016

MODELO DE TEXTO ENSAÍSTICO – SEPARAÇÃO



MODELO DE TEXTO ENSAÍSTICO – SEPARAÇÃO
                                                                                                           


Até que a morte nos separe?

 

                Tanto em relações conjugais quanto sociais, econômicas, políticas e territoriais, processos de separação frequentemente são traumáticos e têm como consequência disputas simbólicas, que podem, inclusive, desdobrar-se em conflitos mais graves e violentos. Isso porque todo movimento de ruptura pressupõe a existência de uma união anterior, consumada por circunstâncias históricas, contratos, alianças, afinidades e interesses.

                Por esse motivo, desde a antiguidade até as monarquias mais modernas, os casamentos das realezas geralmente, em vez do amor, celebravam a relação diplomática entre poderosas famílias e nações. Nesses casos, a Ciência Política sabiamente considerava melhor administrar conflitos internos com cautela, discrição e parcimônia a vê-los desenvolver-se publicamente de modo a originar violentas rupturas. Nesse sentido, o primeiro divórcio do rei inglês Henrique VIII foi emblemático, gerando não somente uma cisão da Igreja em seu país como guerras fratricidas no séc. XVI, com a morte de milhares de ingleses.

                Por outro lado, a contemporaneidade também foi pródiga em demonstrar que uniões surgidas à força e com interesses unilaterais quase sempre resultam em separações trágicas. Foi assim que a humanidade testemunhou no séc. XX a derrocada da política colonial no continente africano, na Ásia e no Oriente Médio, seguido obviamente de guerras e conflitos civis que adentraram o séc. XXI e ainda estão longe de uma solução. No campo das ideologias, o socialismo e capitalismo também protagonizaram alianças e litígios que redesenharam globalmente acordos políticos e econômicos.

                Sendo assim, a relação dialética entre uniões e separações parece marcar de maneira profunda a história humana, deixando lições que inegavelmente precisam ser aprendidas. As guerras na Síria e na Crimeia; o belicismo norte-coreano e a animosidade separatista do “país basco”; a iminente expulsão da Grécia da União Europeia e a polêmica proposta da construção de um muro entre México e EUA – a exemplo do que ocorreu na Palestina – mais do que nunca demonstram a urgência de se aplicar o diálogo, a tolerância e a vontade de se cultivar a paz, ainda que em circunstâncias de inevitável separação.

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