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23 de nov. de 2012

Ensaio



O gênero textual Ensaio do qual tratamos a seguir não diz respeito ao chamado Ensaio Acadêmico, mas, sim, àquele que é exigido em alguns vestibulares. Enquanto aquele deve ser escrito dentro de normas mais bem definidas, tornando-se um texto relativamente extenso, este último, com extensão limitada a trinta ou no máximo 50 linhas, proporciona maior liberdade ao seu autor.

Em linhas gerais, o Ensaio é um texto dissertativo-argumentativo, com linguagem formal e título. Se possível, o ideal é desenvolver o texto e defender a tese a partir de uma abordagem mais filosófica e literária do tema. 
Surgido e cultivado entre filósofos, esse gênero de texto resumia-se a apresentar uma tese sustentada por especulações cujo intuito seria o de explicar as causas de determinado fenômeno a partir de uma argumentação lógica, porém não necessariamente com a apresentação de dados concretos e comprováveis. Por esse motivo, seu autor pode utilizar suposições e hipóteses como recursos para construir argumentos


Tradicionalmente, os ensaios recebem títulos como:

Sobre a tristeza e suas vítimas /
Da felicidade e outros sentimentos /
Da luta de classes e suas consequências /
Sobre moinhos e revoluções


Segue o exemplo de um ensaio:

Sobre o destino e o determinismo tecnológico


Ao estudar-se o Determinismo – conjunto de conceitos que entendiam o ser humano como alguém preso aos grilhões de uma vida condicionada por fatores biológicos e sociais -, hoje facilmente é possível refutar boa parte de seus postulados. Contudo, em alguns aspectos, essa corrente de pensamento fornece paradigmas bastante atuais para que se analisem certos fenômenos da vida em sociedade.
Obviamente é condenável e absurdo acreditar que o filho de uma pessoa desonesta fatalmente o será também, entretanto sabe-se que o meio em que se é criado contribui sobremaneira para que se molde o comportamento dos indivíduos, seja refreando-se as más tendências e estimulando o altruísmo ou, pelo contrário, fazendo-se exatamente o oposto. Assim não fosse, a Educação não contaria com a estima da sociedade, tampouco receberia a atenção de pais preocupados com o futuro dos filhos.
Em um perspectiva atual, a humanidade vê-se com crescente e até vertigionoso contato com a tecnologia, que a faz dependente de computadores, celulares e aparelhos que agilizam atividades outrora desgastantes e penosas. Ela, concomitantemente, emancipa-se do jugo de determinados trabalhos, enquanto, de forma paradoxal, passa a embotar e ignorar capacidades e habilidades importantes legadas à memória e ao raciocínio.
Se, portanto, por um lado, o esforço humano com o uso dessas faculdades construiu equipamentos capazes de armazenar dados, fazer cálculos complexos, estimativas e previsões, além de indicar onde se está e como se chegar a certo destino, por outro, a sensação de onipotência criada em favor de seus usuários pode perigosamente resultar na ilusão de que a mente humana tudo conquistou, quando, na verdade, tem delegado suas principais funções a objetos eletrônicos.
Por esse motivo, é preciso cuidado, pois incautos usuários de dispositivos e maquinário “high tech” podem passar de senhores a escravos, aderindo inadvertidamene à nova posição de meros operadores acríticos de tecnologia, sendo subjugados por ela e por um mundo que passa cada vez mais a reorganizar os papéis sociais e atividades humanas a partir dela. Seria, portanto, muito triste constatar que em um breve futuro pessoas teriam suas vidas condicionadas ao uso de tecnologias que não são capazes de perfeitamente compreender e que não lhes garantem mais tempo para si mesmas, bem como para o desenvolvimento de suas faculdades intelectuais e criativas.

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